Greta Thunberg. Imagem: Getty Images.

Greta Thunberg, conhecida mundialmente por sua atuação firme em defesa do meio ambiente, agora ocupa os holofotes por outra pauta: o conflito no Oriente Médio. A jovem ativista sueca anunciou sua presença em protestos contra Israel, alinhando-se a movimentos que denunciam ações do Estado israelense como genocidas, em meio ao embate contínuo com o Hamas.

O que seria apenas um ato político ganhou uma dimensão maior: Greta virou símbolo de um ativismo que, aos poucos, abandona causas ambientais para se tornar militante de um recorte ideológico específico.

A causa palestina é legítima e precisa de voz, sim. Mas o que chama atenção é a ausência da mesma energia em denúncias contra outras violações — como o regime iraniano, a repressão na Venezuela ou a opressão de mulheres no Afeganistão. Greta não parece tão ativa quando o opressor não se encaixa na narrativa preferida da esquerda global.

O ativismo internacional, quando seletivo, perde legitimidade. E quando figuras como Greta, que carregam influência sobre milhões de jovens, adotam posições tão unilaterais em conflitos complexos, o debate se empobrece. O clima, que deveria ser o foco, vira pano de fundo.

A pergunta que fica: por que a maior voz ambiental da atualidade está mais interessada em política externa do que em salvar o planeta? Será que o colapso climático deixou de ser urgente? Ou será que o ativismo virou palco para agendas paralelas?

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> BOX DE DESTAQUE:

“Quando Greta troca a Amazônia por Ramallah, o mundo se pergunta: o clima perdeu espaço para a ideologia?”
— O Intelectual Brasil
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O Intelectual Brasil
Redação: Dyogo Teofilo 
📅 03 de junho de 2025 | 🕒 12h48