
A política brasileira sempre entrega reviravoltas dignas de uma novela, mas os últimos meses parecem ter elevado essa tradição a um novo patamar. De um lado, Jair Bolsonaro vê sua biografia manchada por uma denúncia grave da PGR, que o acusa de tramar contra a democracia. Do outro, Lula enfrenta uma queda de popularidade que coloca em xeque sua capacidade de reeleição. Com dois protagonistas enfraquecidos, a eleição de 2026 promete ser um jogo aberto – ou uma repetição de velhos padrões?
O cenário de Bolsonaro não é apenas jurídico, mas político. Sua base ainda existe, mas será suficiente para sustentá-lo caso fique inelegível? Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro surgem como possíveis herdeiros, mas até que ponto a direita brasileira conseguirá se reestruturar sem sua principal figura?
Já Lula, no auge do desgaste, enfrenta um problema que pode ser ainda mais difícil de resolver: o desânimo de parte do eleitorado. A economia não aquece como esperado, a confiança popular cai, e a insatisfação se alastra. Sem uma guinada convincente, seu caminho para 2026 pode ser mais tortuoso do que o imaginado.
E enquanto os extremos se debatem, o espaço para uma terceira via permanece vago. Alguém conseguirá romper o domínio dessa polarização? Ou repetiremos a mesma escolha de sempre, apenas com rostos novos?
Aqui, no Intelectual Brasil, seguimos acompanhando cada movimento. Afinal, o que está em jogo não é apenas uma eleição, mas o futuro do país.
Dyogo Teofilo - Coluna Política - Sexta-feira 21/02/2025
0 Comentários