A recente queda na popularidade do governo Lula, revelada pelo Datafolha, acendeu um alerta para a população. Com a aprovação despencando de 35% para 24% e a rejeição subindo para 41%, fica claro que muitos brasileiros estão insatisfeitos com os rumos do país. Mas a insatisfação com a atual gestão não deve ser confundida com um desejo automático de retorno ao passado. Pedir o impeachment de Lula não significa querer Bolsonaro de volta, e essa é uma distinção importante a se fazer.  

A verdade é que, nos últimos anos, o Brasil tem sido refém de um embate político que mais parece um ciclo vicioso. Sai um governo, entra outro, e os problemas continuam os mesmos: corrupção, estagnação econômica, desemprego e uma população cada vez mais descrente na política. Enquanto os líderes se alternam no poder, o povo segue pagando a conta.  

Diante desse cenário, cresce a necessidade de renovação. O Brasil não pode continuar preso a um jogo de revezamento entre os mesmos nomes de sempre. O país precisa de lideranças novas, que ainda carregam o sonho de um país mais justo e honesto. Gente que não esteja comprometida com velhas alianças ou interesses ocultos, mas sim com o futuro do Brasil.  

O impeachment de um presidente deve ser uma solução extrema, usada quando não há mais caminhos democráticos para reverter uma gestão desastrosa. Mas se a insatisfação popular continuar crescendo e o governo não apresentar soluções concretas, a pressão por mudanças só aumentará. No entanto, é essencial que os brasileiros entendam que a saída de Lula não pode significar simplesmente um retorno ao passado. O país precisa olhar para frente e dar espaço para quem ainda acredita no impossível. 

A questão, portanto, não é apenas derrubar um governo, mas sim encontrar uma nova direção para o Brasil.

Dyogo Teofilo - O Intelectual Brasil - 16/02/2025 00:46